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Primeiro... ser gentil!Depois, saber comunicar!

  • laracaseiroginecol
  • 17 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

Não seria esta receita de dois passos o suficiente para melhorar a imagem das maternidades ou o funcionamento de outros serviços? Penso que, se o SNS tivesse uma visão empreendedora de gestão da saúde, já tinha identificado esta grande lacuna na comunicação, e teria feito algo quanto a isso. Formar quem trabalha nos hospitais para comunicar e saber trabalhar em equipa iria diminuir o fosso entre médicos e utentes. Iria também melhorar relações entre colegas.


Do lado dos utentes, quando recorrem a uma urgência pública, apinhada de gente, ou a uma consulta com tempo de espera, sentem que vão ter uma má experiência; o/a médic@, por sua vez, está cansado e pode ter uma baixa tolerância perante o utente que aparece carrancudo, que é exigente, que faz muitas perguntas... com todo o direito de as fazer, claro.


Essa falta de empatia que pode surgir dos dois lados, começa logo por ser um mau ponto de partida para uma boa comunicação. Por isso, primeiro ser gentil. Para quê esperar o pior do outro?

Se a comunicação fosse eficaz, não ficaria a sensação de que a informação sobre o estado clínico não foi dada, que coisas aconteceram sem que tenha sido explicado como ou porquê, ou seja, que não foi pedido o consentimento. E é verdade que, não querendo desculpar o que é de facto uma falha grave a de não pedir o consentimento informado perante todo e qualquer ato médico, se dá primazia à acção quando há muito trabalho e parcas condições. E dá-se pouco tempo a conversas que iriam ser tão importantes para optimizar a experiência do utente e diminuir a incidência de trauma psicológico pós-cirúrgico ou, falando do que conheço, do stress pós-parto. Uma boa comunicação seria a solução para melhorar os cuidados de saúde sem grande investimento ou reformas.

Talvez fosse boa ideia começar por aqui, não acham?



 
 
 

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